Conto natalino
Penso na coincidência de estar lendo, nesses dias de festa, os dois livros que estou lendo. A coincidência não é dessas preparadas pelo subconciente, porque não escolhi ler os dois justo nessa época. Um, Memórias Inventadas - A Segunda Infância, de Manoel de Barros, eu ganhei de um grande amigo, de despedida. O outro, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago, eu comprei há muitos meses, e como minha leitura é lenta, vem se arrastando desde então. Não acho, também, que se trate de um milagre natalino, obra de algum elfo ou de Santa - isso pareceria filme da Sessão da Tarde. Acho que foi só eu ter enxergado essa, uma das infinitas ligações possíveis entre um livro e o outro e o natal. E se deu a coincidência. Como disse, a leitura do Evangelho é lenta. Parece que consulto o livro. Entre épocas cheias de afazeres, ou nas quais escolho outro lazer para chamar o sono, de vez em quando o leio. Vão, em média, quatro páginas por noite, da edição de bolso que tenho. Nessa toada, o Me