Paisagem da janela
Duas ruas para baixo da minha casa, tem o bosque do Museu de História Natural, que, quando crianças, eu e o Leo chamávamos de 'Matinha'. Os antigos moradores do bairro, mesmo depois de tantos anos, ainda o chamam de Horto ou Instituto Agronômico. Antes, havia, ao lado, a favelinha - invasão do terreno da Rede Ferroviária Federal. Agora, lá passa o metrô e há muito mato, e é onde a vizinhança joga entulhos.
Isso eu recordo agora porque hoje acordei com uma paisagem. Na borda da mata havia um pântano com bandos de garças, uns cabeças-secas e maguaris. Era o início da manhã. A cena era clara, a imagem sem filtros. Tinham aqueles raios que anunciam a chegada do Messias atravessando a copa das árvores, penetrando a superfície d'água.
O brejo e as árvores enormes, juntinhos. O pântano na beira da mata.
É domingo e a cidade amanheceu silenciosa. Sem carros, buzinas, liquidificadores ou vizinhos barulhentos. Mas um bando de quero-queros eu ouvi passando para os lados da mata. Como se a cidade tivesse amanhecido em seus tempos de Curral Del Rei. E foi também como no dia do meu aniverário. Como se, finalmente, tivessem se unido os dois lugares em que vivi.
Isso eu recordo agora porque hoje acordei com uma paisagem. Na borda da mata havia um pântano com bandos de garças, uns cabeças-secas e maguaris. Era o início da manhã. A cena era clara, a imagem sem filtros. Tinham aqueles raios que anunciam a chegada do Messias atravessando a copa das árvores, penetrando a superfície d'água.
O brejo e as árvores enormes, juntinhos. O pântano na beira da mata.
É domingo e a cidade amanheceu silenciosa. Sem carros, buzinas, liquidificadores ou vizinhos barulhentos. Mas um bando de quero-queros eu ouvi passando para os lados da mata. Como se a cidade tivesse amanhecido em seus tempos de Curral Del Rei. E foi também como no dia do meu aniverário. Como se, finalmente, tivessem se unido os dois lugares em que vivi.
Comentários
Poxa!!!!!!!!!!
Mil vezes!
Foi com lágrimas nos olhos e o coração apertadinho que encerrei a leitura do blog "No ruderal...Lá no Pantanal"
Parabéns pela atitude de eternizar momentos tão sutis de maneira honesta e poético naturalista!
Sergianne
Vi tudinho, tudinho.
Parabéns pelo texto!
Faz tempo que não entro aqui!!
Vi tudo tb!!
Como sempre você descreve tudo tão perfeito que parece que fazemos parte disso...
Saudades suas!!
Beijocas muitas!!
Li sua obra perfeitamente escrita,não sou tão fã da leitura,confesso!
mas Pantanáutilus descreve incrivelmente o pantanal.
Foi um trabalho incrível,atualmente estou no 6° ano do ensino
fundamental,e meu professor pediu que fizesse a leitura do livro,
eu não me empolguei muito,mas li mesmo assim,e foi uma grande
leitura para mim,a essência desse livro é como o pantanal
é descrito,como cada minúsculo detalhe foi colocado ali,
eu vi através desse livro,uma grande história.
Gostei mais ainda da ideia de criar um mini submarino
para poder navegar pelas profundezas do pantanal
durante à cheia,foi realmente incrível,meus parabéns!
Um beijo,Ana.
Carinhosamente,Beatriz.
01\08\2020